sábado, 8 de junho de 2013

Campanha do Governo " Eu Sou Feliz Sendo Prostituta " Divide Opiniões

O Ministério da Saúde lançou nas redes sociais uma campanha para celebrar o Dia Internacional das Prostitutas ( 2 de junho). Entre fotos e vídeos que compõem a iniciativa, uma em especial promete gerar debates. Na imagem divulgada pelo Governo Federal, está escrito: "Eu sou feliz sendo prostituta".
A frase é atribuída à Nilce Machado identificada como moradora de Porto Alegre. Um texto de divulgação da campanha afirma que "a mobilização vai dar visibilidade a esse público veiculando materiais que se oponham ao estigma da prostituição associada à infecção pelo HIV e aids".
As peças divulgadas pelo órgão foram desenvolvidas durante uma oficina com prostitutas realizada entre 11 e 14 de março em João Pessoa. Segundo a Rede Brasileira de Prostitutas o dia internacional da categoria relembra manifestações por melhores condições de trabalho realizadas na França em 1975.
Polêmicas :
Essa não é a primeira polêmica envolvendo iniciativas do Ministério da Saúde em 2013. Em março, o órgão suspendeu a distribuição de materiais de uma campanha com mensagens anti-homofobia e de incentivo ao uso da camisinha.
O motivo alegado foi o fato das peças não terem sido aprovadas pelo Ministério da Educação e conterem erros de forma e conteúdo. A suspensão da campanha foi criticada por representante das Nações Unidas.
Fora do tom – Vencida a polêmica que tomou conta da campanha anti-aids do Ministério da Saúde, que alcançou seu ápice com a frase “Eu sou feliz sendo prostituta”, a pasta retoma ação após a demissão do diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids.
O mais acintoso nessa epopeia é que o demitido conseguiu a proeza de afirmar que a campanha, que foi suspensa, trazia uma discussão filosófica sobre a prostituição. Em um país cuja população é eminentemente conservadora e carente de exemplos de conduta e valores morais, unir prostituição e filosofia é no mínimo falta de sensibilidade, por que não afirmar que se trata de imbecilidade oficial.
O objetivo da campanha, pelo que se sabe, é alertar as camadas vulneráveis da população para o perigo da Aids e a importância da prevenção, não colocar na pauta do cotidiano uma discussão sobre a felicidade e a prostituição. A extensa maioria das pessoas que ingressam no universo do lenocínio o faz por falta de opção, não porque encontram a felicidade em uma atividade que ainda é mal vista pela sociedade.

A polêmica resultou do desejo incontrolável da esquerda tupiniquim de promover uma revolução social através do confronto, quando na verdade o País precisa retomar a rota da coerência, algo abandonado no vácuo do populismo barato que subiu a rampa do Palácio do Planalto no embornal político do lobista-fugitivo Lula.
Quem acompanha o cotidiano da política nacional não ficou surpreso com a incursão desastrada do Ministério da Saúde, pois há anos o governo do PT publicou em um dos sites oficiais um abecedário que ensinava o passo a passo para se tornar uma prostituta, com direito a discas de moda e técnica de abordagem dos clientes. Polêmica idêntica, o material foi retirado do ar.
Contudo, não é de se estranhar que um partido como o PT, que com o Mensalão turbinou a prostituição política, tenha apostado suas fichas em campanha tão obtusa e desnecessária, que fugiu radicalmente do objetivo. Mesmo assim, é preciso reconhecer que, mesmo a profissão sendo condenada pela sociedade, as prostitutas são mais bem vistas do que os políticos. Não por acaso, certa vez, em tempos de eleição, surgiu a frase “Vote nas mães, porque nos filhos não adianta”.

A campanha é composta por vídeos e banners e apresentam mensagens contra o preconceito, sobre o desejo de ser respeitada e a necessidade de prevenção contra a SIDA.
«A valorização é o primeiro passo para a prevenção», afirmou a presidente da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos, Santinha Tavares, que defende que outros grupos também deveriam ter sido contemplados.     «Era essencial a mensagem para essas profissionais.»

Assista os vídeos da campanha sobre prostituição do Ministério da Saúde:



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