O Ministério da Saúde lançou nas redes sociais uma campanha para celebrar o Dia Internacional das Prostitutas ( 2 de junho). Entre
fotos e vídeos que compõem a iniciativa, uma em especial promete gerar debates.
Na imagem divulgada pelo Governo Federal, está escrito: "Eu sou feliz sendo prostituta".
A frase é atribuída à Nilce Machado identificada como moradora de
Porto Alegre. Um texto de divulgação da campanha afirma que "a
mobilização vai dar visibilidade a esse público veiculando materiais que se
oponham ao estigma da prostituição associada à infecção pelo HIV e aids".
As peças divulgadas pelo órgão foram desenvolvidas durante uma
oficina com prostitutas realizada entre 11 e 14 de março em João Pessoa.
Segundo a Rede Brasileira de Prostitutas o dia internacional da categoria relembra
manifestações por melhores condições de trabalho realizadas na França em 1975.
Polêmicas :
Essa não é a primeira polêmica envolvendo iniciativas do
Ministério da Saúde em 2013. Em março, o órgão suspendeu a distribuição de
materiais de uma campanha com mensagens anti-homofobia e de incentivo ao uso da
camisinha.
O motivo alegado foi o fato das peças não terem sido aprovadas
pelo Ministério da Educação e conterem erros de forma e conteúdo. A suspensão da campanha foi criticada por representante das Nações Unidas.
Fora do tom – Vencida a polêmica que tomou conta da campanha
anti-aids do Ministério da Saúde, que alcançou seu ápice com a frase “Eu sou
feliz sendo prostituta”, a pasta retoma ação após a demissão do diretor do
Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids.
O mais acintoso nessa epopeia é que o
demitido conseguiu a proeza de afirmar que a campanha, que foi suspensa, trazia
uma discussão filosófica sobre a prostituição. Em um país cuja população é
eminentemente conservadora e carente de exemplos de conduta e valores morais,
unir prostituição e filosofia é no mínimo falta de sensibilidade, por que não
afirmar que se trata de imbecilidade oficial.
O objetivo da campanha, pelo que se sabe, é
alertar as camadas vulneráveis da população para o perigo da Aids e a
importância da prevenção, não colocar na pauta do cotidiano uma discussão sobre
a felicidade e a prostituição. A extensa maioria das pessoas que ingressam no
universo do lenocínio o faz por falta de opção, não porque encontram a
felicidade em uma atividade que ainda é mal vista pela sociedade.
A polêmica resultou do desejo incontrolável da esquerda tupiniquim
de promover uma revolução social através do confronto, quando na verdade o País
precisa retomar a
rota da coerência, algo abandonado no vácuo do populismo barato que subiu a
rampa do Palácio do Planalto no embornal político do lobista-fugitivo Lula.
Quem acompanha o cotidiano da política
nacional não ficou surpreso com a incursão desastrada do Ministério da Saúde,
pois há anos o governo do PT publicou em um dos sites oficiais um abecedário
que ensinava o passo a passo para se tornar uma prostituta, com direito a
discas de moda e técnica de abordagem dos clientes. Polêmica idêntica, o
material foi retirado do ar.
Contudo, não é de se estranhar que um partido
como o PT, que com o Mensalão turbinou a prostituição política, tenha apostado
suas fichas em campanha tão obtusa e desnecessária, que fugiu radicalmente do
objetivo. Mesmo assim, é preciso reconhecer que, mesmo a profissão sendo
condenada pela sociedade, as prostitutas são mais bem vistas do que os
políticos. Não por acaso, certa vez, em tempos de eleição, surgiu a frase “Vote
nas mães, porque nos filhos não adianta”.
A
campanha é composta por vídeos e banners e apresentam mensagens contra o
preconceito, sobre o desejo de ser respeitada e a necessidade de prevenção
contra a SIDA.
«A
valorização é o primeiro passo para a prevenção», afirmou a presidente da Rede
Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos, Santinha Tavares, que defende
que outros grupos também deveriam ter sido contemplados. «Era
essencial a mensagem para essas profissionais.»
Assista os vídeos da campanha sobre prostituição do Ministério da Saúde:
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